sábado, 16 de julho de 2011

Solidão

Posso estar em qualquer lugar, ainda me sinto só. Olho para dentro de mim e vejo vazio. Um vazio que aumenta todos os dias e, aos poucos, me sinto morrer. Uma morte lenta, do pior tipo, pois o coração ainda bate e eu continuo morrendo. A dor é tamanha, que já nem choro mais. Os dias vão passando, e eu apenas existindo, esperando as horas passarem. De que adianta lutar contra? Aos poucos tudo vai sendo consumido. A vontade de viver, os sorrisos, as luzes da manhã. Enfim, tudo virará cinzas, sombras e pó. Caindo no vazio do esquecimento. Então tudo aquilo que um dia foi cor, se vai. Como o sorriso em uma pintura antiga, apagado pelo tempo, esmaecido e frágil. Tudo no fim é esquecido. Todas as promessas, os beijos, os carinhos. Então o que sobra, são as lembranças torturantes da falsa felicidade, as lamentações de um coração vazio já esquecido e a triste esperança de ter de volta, algo que nunca lhe pertenceu.

Um comentário:

  1. Triste, mas extremamente bem escrito. Vc é uma escritora nata. Te cuida e saiba q estou contigo sempre.

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