sábado, 27 de agosto de 2011

A noite...

A noite chega e com ela sentimentos que há muito me perturbam. Desejos, planos, sonhos e vontades que deixei para trás. Alguns tento retomar, mas não é fácil. A noite avança e a madrugada chega. Tua presença ainda persiste em cada lembrança, cada gesto. Invade meus pensamentos, por mais que eu tente resistir. Teu cheiro, teus beijos. A saudade aperta ainda mais dentro do peito. Cada parte do meu corpo sente, deseja e lamenta a tua falta. Não sei como fazer para esquecer, tirar de vez do peito essa dor e o vazio que ficou.

A graça das coisas...

Sabe quando nada mais tem graça? Todas as comidas tem o mesmo gosto, todas as pessoas são do mesmo modo, todos os lugares se tornam iguais e nada mais te satisfaz. Por mais que você procure algo novo, logo a novidade se desgasta. Tudo volta a ser como antes. O que fazer em momentos assim? Quando todas as boas ideias se desfazem em segundos e voltam ao pó.  O que fazer quando olhar para os lados e ver as mesmas coisas monótonas, as mesmas pessoas cansativas? Jogas tudo para o alto e recomeçar? Parece sempre uma boa ideia. Mas no fim, tudo termina acinzentado e nublado como sempre. Mas cá estamos nós outra vez, tentando fazer com que as comidas tenham graça, os lugares sejam agradáveis e as pessoas satisfaçam novamente.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nove meses depois...

Tem uma música do Nei Van Sória que diz mais ou menos assim: "De que vale sofrer assim, se não há recompensa no final?"
Isso é algo que venho me perguntando já faz algum tempo. Porque os amores são tão volúveis? Porque ficou tão mais fácil dizer “eu te amo” sem realmente sentir isso? É bom ouvir, mas é melhor quando se tem certeza que é sincero.
Ontem você olhava nos meus olhos e se dizia apaixonado, dizia que me via no seu futuro. E hoje? Hoje, simplesmente me diz que não sabe mais o que sente, acha que não me ama mais como antes e a única coisa que me consegue dizer é “me desculpe”. Vira as costas e sai, como se nada tivesse acontecido. Como se tudo o que ficou pra trás não tivesse sido importante. As atitudes são condizentes com trocar uma peça de roupa, ou pior, jogar ela fora porque já estava gasta e sem graça. Afinal, o que eu fui realmente? O que signifiquei? Houve realmente amor algum dia, ou era mero passatempo? Se tu sabes como são instáveis os teus sentimentos, porque fazer isso então? Nada além de ti mesmo tem importância. Só o que tu sente, e o teu prazer, são importantes. A forma como lidou com o que eu sentia, é como se não fosse nada. E o pior é que não vai haver arrependimento. Então, porque eu ainda choro e sinto falta, se o egoísmo não deixou que eu significasse algo? Estou cansada de amar, compreender, e não receber nada em troca além de um adeus frio. Novamente eu me pergunto, de que vale sofrer assim e ter essa estúpida esperança, se a única coisa que se recebe em troca, é a certeza de ter desperdiçado seu tempo, sua dedicação e o pior, seu amor?